O Professor Nicholas Fisk, no Hospital Royal Brisbane and Women's Hospital, apresentou o caso dos 'Gêmeos mais raros ainda' em 2014, mas outro caso similar já havia sido registrado em 2007, dentre os mais de 968 casos de gestações gemelares analisados pela equipe de Fisk. É que a probabilidade de gravidez gemelar gira em torno de 10 casos para 1000, isso no Brasil, sendo que esta probabilidade está condicionada a uma gestação natural e ao país em que ela ocorreu.
Nas gestações gemelares, 2/3 serão para bivitelinos - aqueles que, geralmente, não dividem suas placentas e não são idênticos. Para o contrário, temos os gêmeos univitelinos, que são a raridade da raridade, uma vez que também são idênticos e estão imersos em mesma placenta, trazendo mais riscos à seu desenvolvimento normal.
Além disso, a depender da ocorrência temporal da divisão celular, zigótica e penetração do espermatozóide no óvulo poderemos ter uma gestação de gemelares siameses (gêmeos xifópagos ou conjugados).
O estudo com irmãos gêmeos são muito utilizados e explorados por estudos científicos, isso por deterem grande proximidades em DNA, em construção genética.
Os irmãos Kelly são um caso de gêmeos univitelinos utilizados em uma pesquisa singular e excêntrica, idênticos. Se tornaram astronautas da Nasa em mesmo ano, 1996, Scotty Kelly ficou 340 dias no espaço (Estação Espacial Internacional) e Mark Kelly ficou 54 dias. Em um estudo realizado por 12 Universidades sobre os gêmeos/irmãos Kelly, visou-se analisar como o corpo humano reagia ao contato físico com o ambiente extra-Terra. Graças a esses 2 astronautas únicos, mas idênticos, foi possível diagnosticar, que o contato espacial gera mutações genéticas no ser-humano, através da comparação de ambos e pelos baixos viéses de pesquisa.
Gêmeos mais raros ainda
O caso dos 'Gêmeos mais raros ainda' foi registrado a partir de exames pré-natais, que indicaram que 2 fetos estavam localizados em mesma placenta, sendo esses univitelinos. Posteriormente, em outra ultrassonografia, já realizada com 14 semanas gestacionais, pôde-se averiguar que estavam ali alojados um feto feminino e outro masculino.
Mas, essa possibilidade era irrecusável, até o momento, pela ciências médicas. Isto porque, gêmeos de mesma placenta sempre possuíam mesmo sexo, uma vez que o espermatozóide se alojava no óvulo e esse se dividia em outros 2 zigotos, não haveria probabilidades de se constituir diferentes construções cromossômicas que não fosse aquela definida pela paternidade/espermatozóide, com formações genéticas somatizadas e idênticas.
Já no caso de gêmeos bivitelinos, tal acontecimento seria possível, pois é o caso de 2 espermatozóides fecundando 2 óvulos diferentes, permitindo uma construção genético-cromossômica diferenciada.
Os 'Gêmeos mais raros ainda' foram batizados de "semi-idênticos" (sesquizigóticos), pois eles lembram a ambos cenários: aqueles univitelino (dividem mesma placenta, óvulo fecundado por mesmo espermatozóide) e aquele bivitelino (sexos distintos e construção genética de até 50% paternal), com a ressalva que na gestação gemelar sesquizigótica, os gêmeos podem ter DNA de até 78% em participação fraternal/paternal.
Pergunta: E quando 2 ou mais espermatozóides conseguem se alojar em mesmo óvulo, o que ocorre? Resposta: Infelizmente, não há muitas histórias de sucesso para se contar, em sua maioria, os fetos não resistem e não sobrevivem.
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